Organização criminosa

Policiais civis são presos por participação em jogo do bicho no Rio

Acusados eram lotados na Deam do Centro do Rio

A ação teve como foco principal os agentes que se uniram para realizar a cobrança de vantagens indevidas de proprietários de estabelecimentos de exploração de jogos de azar e casas de prostituição
A ação teve como foco principal os agentes que se uniram para realizar a cobrança de vantagens indevidas de proprietários de estabelecimentos de exploração de jogos de azar e casas de prostituição |  Foto: Arquivo/Enfoco
 

Foram presos na manhã desta quinta-feira (1º) quatro policiais civis lotados na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), no Centro do Rio. As prisões foram cumpridas na 2ª fase da Operação Fim da Linha, que também cumpre seis mandados de busca e apreensão contra integrantes de organização criminosa formada por policiais civis a partir de 2020.

Essa ação é do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), e com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ).

Todos os mandados foram cumpridos com a prisão dos policiais civis Marcelo Flora Lemos (vulgo “Marcelão”); Alcino Luiz Costa Pereira; Alair do Rosário Ribeiro dos Santos Junior (“Bambam” ou “Junior Bambam”) e Bruno Montes da Silva, (“Brunão”). Também foi denunciado, sem mandado de prisão, Pietro Conti Rodrigues.

Conforme o MP, a ação teve como foco principal os agentes que se uniram para realizar, "de forma permanente e estruturada", a cobrança de vantagens indevidas de proprietários de estabelecimentos de exploração de jogos de azar e casas de prostituição para permitir o funcionamento de tais estabelecimentos. 

Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Especializada em Crime Organizado do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ).

Inicialmente, a investigação foi instaurada para apurar crimes praticados por contraventores que exploram jogos de azar, após notícia crime sobre bingo clandestino que funcionaria em Copacabana com a permissão de policiais militares e civis. 

No curso da investigação, foram identificados três grupos criminosos que utilizam diferentes modos de fraudar os resultados dos jogos, como: corrupção de policiais militares e civis e uso da violência para a conquista de território. 

Os integrantes de tais grupos foram alvo da 1ª fase da operação, deflagrada na terça-feira (29).

Além de tais grupos criminosos, também foi identificada essa organização criminosa, composta por policiais civis, que, conforme o MP, se estruturou solidamente para viabilizar o esquema reiterado e sistêmico de corrupção, mediante a cobrança de propina junto a proprietários de estabelecimentos de exploração de jogos de azar e casas de prostituição, feita por policiais lotados na Delegacia de Proteção à Mulher.

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